7 de fev. de 2012

CUPINS

Cupins
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Isoptera

Ocorre em áreas de climas tropical e temperado. Há cerca de 2 mil espécies descritas, 250 delas presentes no Brasil pertencem a 3 famílias: KalotermitidaeRhinotermitidae e Termitidae. São conhecidos mundialmente por termite, em latim, que significa “verme que rói a madeira”, no Brasil a palavra cupim é de origem Tupi.
Descrição e biologia
São espécies sociais, organizam-se em castas de indivíduos ápteros ou alados. A cabeça é livre, com forma e tamanho variáveis, as formas aladas geralmente com olhos, que são atrofiados nas ápteras. O aparelho bucal é do tipo mastigador e bem desenvolvido, principalmente nos soldados. O tórax é achatado e com protórax destacado dos demais segmentos. Apenas os cupins reprodutores apresentam 2 pares de asas membranosas, que possuem uma sutura basal que se rompe e destaca-se do corpo após a revoada. Vegetarianos, a alimentação varia conforme a espécie: madeira viva ou morta (vários estágios de decomposição); derivados de celulose (protozoário no sistema digestivo auxilia na digestão da celulose); herbáceas e gramíneas vivas; detritos vegetais e partes vegetais vivas; fezes de herbívoros e húmus. Uma característica comum a todas as espécies de cupins é a sensibilidade à luz.
Os indivíduos são distribuídos em castas com diferentes morfologias, são adaptados ao trabalho que desempenham e vivem em ninhos, que podem ser construídos em diversos lugares. Existem, basicamente, 3 castas de indivíduos:
  • Alados - destinados à reprodução e responsáveis pela formação de novas colônias. Em cada colônia há o casal real (reprodutores), a fêmea é a rainha, que sofre fisogastria e é responsável pela ovoposição, e o rei, que permanece junto à rainha, tem função de fecundá-la periodicamente. Em caso de morte ou doença de um dos reprodutores, os mesmos são substituídos pelos reprodutores de substituição;
  • Soldados - responsáveis pela guarda do ninho e proteção dos demais indivíduos da colônia;
  • Operários - casta mais numerosa da colônia e composta por indivíduos ápteros e estéreis, são responsáveis por todas as funções rotineiras da colônia, como obtenção de alimento, construção, reparo, expansão, limpeza do ninho, etc.
Os operários são importantes para a regulagem social da comunidade, através da trofalaxe regurgitam alimento (alimento estomodeal) e secreção salivar ou fluído fecalóide. Essas substâncias, além de valor nutritivo, transportam feromônios reguladores do desenvolvimento social da colônia e também os protozoários necessários para a digestão de celulose. Outro papel importante dos operários é o saneamento da colônia, através da remoção de indivíduos doentes, mortos ou anômalos. Para isso, os operários podem devorar esses indivíduos ou sepultá-los nas paredes ou em outras câmaras da colônia.
Ciclo de vida
Apresentam desenvolvimento incompleto, compreendendo as fases de ovo, ninfa e adulto. As ninfas sofrem ecdises até chegarem à forma adulta. É durante essa fase de desenvolvimento que será definida a “finalidade” da ninfa, ou seja, se transformarão em operários, soldados, reprodutores alados ou de reposição, de acordo com a necessidade da colônia. No último estágio, as ninfas podem desempenhar as funções dos operários.
Após a revoada, os alados perdem as asas e juntam-se aos pares, saindo à procura de local adequado para o estabelecimento da nova colônia. Decorridos alguns dias após a cópula, a rainha começa a postura. As primeiras posturas originam operários apenas, que darão início à construção da colônia. Depois de estabelecida a colônia, surgem os indivíduos das outras castas. Após atingir a maturidade da colônia (por volta de 5 anos), começam também a surgir os indivíduos alados que irão fazer novas revoadas para criar novas colônias.
Ciclo de vida dos cupins até a formação de novas colônias.
Ciclo de vida dos cupins
Principais espécies e danos
Os principais danos são nas estruturas de madeira, móveis e outros derivados de celulose como livros e papeis em geral. Os cupins que causam problemas no meio urbano são:

CUPIM DE MADEIRA SECA Família Kalotermitidae e Cryptotermes brevis

Cupim de madeira seca
Habita áreas de climas subtropical e tropical, mesmo em regiões que apresentam inverno rigoroso. É uma espécie estritamente antropófila, sem registro de indivíduos encontrados em ambientes naturais. Fazem seus ninhos dentro dos moveis ou do madeiramento propriamente dito, e suas colônias são pequenas.
Sinais de infestação
Sinais de infestação: são bem discretos em infestações iniciais, porém o sinal mais típico é a presença de grânulos (resíduos fecais) amontoados e localizados abaixo dos orifícios de expulsão. Outra evidência, em caso de infestações com presença de colônias maduras, é a presença de asas espalhadas no recinto.

CUPINS SUBTERRÂNEOS Família Rhinotermitidae | Gêneros Coptotermes e Heterotermes

Os cupins-subterrâneos alimentam-se de madeira e derivados de celulose. Vivem em ninhos que são construídos em locais ocultos no solo ou em cavidades, a umidade e ausência de luz são condições ideais. As colônias são consideravelmente grandes, compostas por milhares de indivíduos e, por conseqüência, o ninho expande-se muito com o aumento populacional. Exploram largamente o ambiente sempre à procura de novas fontes de alimento. A principal característica desses cupins é a construção de túneis de terra (composto por fezes), denominados túneis de forrageamento. Os soldados são utilizados para a identificação das espécies.
Cupins subterrâneos - Coptotermes gestroi
Coptotermes gestroi
É a espécie de maior importância econômica no Brasil, representa um grande problema em áreas urbanas. Os soldados apresentam cabeça arredondada, de cor amarelo claro, com mandíbulas proeminentes e fontanela visível.
Cupins subterrâneos - Heterotermes spp.
Heterotermes spp.
São mais conhecidos como pragas de reflorestamento, mas também podem ocorrer em ambientes urbanos, em menor escala. Em São Paulo, já foram registrados casos (raros) de infestação. Sua cabeça é alongada e amarelada e a fontanela pouco visível.
Cupins subterrâneos - Nasutitermes spp.
Nasutitermes spp.
Sua característica mais marcante é a cabeça do tipo nasuto (projetada anteriormente) e de coloração mais escura. Constrói ninhos arborícolas ou semi-arborícolas, e revestimento de material fecal (túnel de forrageamento), que pode ser confundido com um túnel construído peloCoptotermes, a diferença é que o do Nasutitermes é de coloração mais escura e a infestação é mais aparente.
Sinais de infestação
Presença de túneis de forrageamento, comumente em batentes de portas, fundos de armários e guarda-roupas embutidos, caixas de luz, conduítes, dentre outros.

CUPINS DE SOLO OU GRAMA Família Termitidae

Cupins de solo ou grama
Neocapritermes opacus
A cabeça é alongada e subretangular, de mandíbula longa e retorcida.
Atacam as raízes de mudas de árvores, além das plantas adultas. Realizam galerias no sistema radicular, prejudicando a absorção e translocação de nutrientes.
O sinal de infestação é a presença de gramado amarelado.

CUPIM DE MONTÍCULO Cornitermes cumulans

Cupim de montículoNinho
Ninho
Os ninhos são em montículos, de formato variável, de 50 a 100 cm de altura. Apresentam uma câmara externa de terra, de 6 a 10 cm de espessura, cimentada com saliva e a câmara interna, de celulose e terra, menos dura e com galerias.
Existem controvérsias quanto aos danos causados por esses cupins, porém, em áreas urbanas, o problema está relacionado à estética e também ao fato de atraírem escorpiões, que se alimentam desses cupins, podendo assim provocar acidentes.
Cupim de montículo - Amitermes spp.
Amitermes spp.
Apresenta mandíbula longa e curva e cabeça com os lados levemente convexos.
Constroem ninhos arborícolas, alimentando-se da madeira.
Cupim de montículo - Syntermes spp.
Syntermes spp.
Sua cabeça é trapezoidal de coloração avermelhada, com mandíbulas longas e robustas e fontanela visível.
Podem ser vistos ao amanhecer forrageando e cortando as pontas da grama, atacam também raízes de plantas, provocando seu ressecamento. O sinal de infestação é a presença de gramado amarelado.
Esquema de invasão por cupins subterrâneos
Esquema de invasão por cupins subterrâneos
Colônia (ninho) de cupins subterrâneos (Espécie Cototermes Gestroi) instalados dentro de um vão da laje tipo caixão de perdido onde passa a prumada de coleta de águas pluviais, desta forma irradiando-se por toda estrutura.
Esquema de invasão por cupins subterrâneos

RATOS

Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
A família Muridae é a maior dos mamíferos, com cerca de 600 espécies. Entre as espécies que causam prejuízos ao homem (domiciliares), podemos destacar as ratazanas, o rato-preto e os camundongos.
Descrição e biologia
Os ratos têm hábitos noturnos, expondo-se à luz do dia somente quando sua população aumenta muito e há insuficiência de alimento. Na falta de alimento, possui mecanismos que limitam a população: baixa da fertilidade e fecundidade das fêmeas, supressão de cios, canibalismo, dentre outros. O canibalismo é prática comum numa colônia de ratos, ocorrendo com o intuito de eliminar ratos doentes ou machucados ou mesmo filhotes de outras colônias. Assim, os ratos não admitem que outro penetre seu território, combatendo-o de forma feroz. Seus órgãos sensoriais são bastante desenvolvidos, porém, enxergam mal, não percebem cores, apenas variações entre claro e escuro. São onívoros com preferência por alimentos gordurosos, consumindo por volta de 20 a 30 g/dia e bebem de 15 a 30 ml de água por dia. Além de ágeis, são ótimos nadadores, permanecendo bom tempo submerso. Geralmente, habita terrenos sujos e abandonados, redes de esgoto, margens de córregos, depósitos de lixo e afins, ou ainda tocas e buracos no solo.
Ciclo de vida
Pode variar conforme espécie. Atingem a maturidade sexual aos 3 meses e, geralmente, logo após o desmame, que ocorre aos 21 dias, já nasce outra ninhada.
Principais espécies e danos
Atacam alimentos armazenados em residências ou comércio. Danificam fios e cabos elétricos e de telefone, podendo provocar incêndios, estragam sacarias, roupas, livros, objetos de madeira, etc. Também contaminam a água e suas pulgas podem atacar o homem, na condição de vetores de doenças como peste bubônica, tifo, toxoplasmose, hantavirose, dentre outras.
Ratazana ou Rato-de-esgoto

RATAZANA OU RATO-DE-ESGOTO Rattus novergicus

A coloração pode variar do castanho ao preto, uniforme ou com manchas. Mede de 21 a 26 cm de comprimento, a cauda é grossa de tamanho igual ou mais curto que o corpo. Pesa de 350 a 460 g., com orelhas curtas e relativamente peludas. Os pés apresentam membrana interdigital. Vive em média 2 anos e seu período de gestação dura cerca de 28 dias, com 3 a 4 ninhadas por ano e uma média de 8 filhotes por ninhada. As fezes são grossas.
Rato-preto ou Rato-de-telhado

RATO-PRETO OU RATO-DE-TELHADO Rattus rattus

Geralmente apresenta coloração preta, mede entre 19 e 22 cm de comprimento, cauda fina, mais longa que o comprimento do corpo, e pesa de 230 a 300 g. As orelhas são longas, quase sem pêlos, e seus pés apresentam membrana interdigital. Vive em média 1,5 ano, o período de gestação é de 28 dias, com 3 a 4 ninhadas por ano, com 3 a 9 filhotes cada. Suas fezes são finas e terminadas em pontas afiladas.
Camundongo

CAMUNDONGO Mus musculus

A coloração pode variar bastante. Mede entre 6 a 9 cm de comprimento, cauda fina e longa e pesa entre 15 e 20 g. As orelhas são relativamente grandes e translúcidas (sem pêlos) e não apresentam membrana interdigital nos pés. Vive em média 1 ano, com período de gestação de 21 dias, com 4 a 5 ninhadas por ano e 4 a 10 filhotes por ninhada. Suas fezes são finas e terminadas em pontas afiladas, porém de tamanho bem reduzido, podendo até ser confundidas com fezes de baratas.

FORMIGAS


Formigas
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hymenoptera
As formigas pertencem à ordem Hymenoptera, que ocupa o 3º lugar em número de espécies e são considerados os insetos mais evoluídos, ocupam destaque nessa ordem como pragas de grande importância. No Brasil existem cerca de 2000 espécies de formiga, sendo que 20 a 30 dessas espécies dão pragas, o fóssil mais antigo data de 80 milhões de anos.
Descrição e biologia
Apresentam cabeça bem desenvolvida e destacada do corpo, unida ao tórax por “pescoço” móvel e mais ou menos alongado. Os olhos são compostos e bem desenvolvidos, antenas bem desenvolvidas, com número variável de segmentos. O tórax é normal e o mesotórax mais desenvolvido. As asas, quando presentes, são geralmente transparentes ou coloridas, sendo as anteriores maiores que as posteriores. Apresentam, também, pedúnculo abdominal com nódulos ou espinhos e são providos de ferrão ligado à glândula de veneno. Esse ferrão é utilizado como meio de defesa ou ataque para paralisar a vítima.
As formigas ocorrem em praticamente todos os ambientes terrestres, com exceção dos pólos. São insetos eussociais (várias gerações convivendo no mesmo ninho), de cuidado cooperativo com a prole e a divisão do trabalho. São oníveras, alimentam-se do que encontram, seja doce, animal ou vegetal e algumas espécies, de fungos.
As colônias podem variar em tamanho e os ninhos podem ser construídos no chão (tanto superficial como subterrâneo), sobre plantas, cavidades em madeiras ou troncos, ou mesmo no interior de residências sob azulejos, batentes de portas, sob o piso, aparelhos domésticos e o mobiliário. Uma colônia é dividida em castas, cada uma com funções específicas:
Rainha: maiores indivíduos da colônia; possuem asas que caem após o vôo nupcial; responsáveis pela postura de ovos; numa colônia pode haver uma ou mais rainhas conforme a espécie;
Macho: alado e tem função unicamente reprodutiva;
Operárias: são fêmeas estéreis; não possuem asas; constituem a grande maioria dos indivíduos da colônia; desempenham as demais atividades da colônia.
Ciclo de vida
São holometabólicas. A fase de ovo corresponde ao desenvolvimento embrionário. No estágio larval ocorre o crescimento do indivíduo por meio de acúmulo de reservas, ao atingir o crescimento máximo, sofre metamorfose entrando no estágio pré-pupa, onde adquiri a forma de adulto. As larvas não se locomovem, sua movimentação e alimentação dependem das operárias, são esbranquiçadas e alongadas, com a cabeça distinta do resto. Quando pupas, não se alimentam e nem se movem, tornando-se mais semelhantes aos adultos. A duração do ciclo desde ovo até adulto varia de 35 a 45 dias. O tempo de vida também varia conforme a casta a que o inseto pertence e também à sua espécie, sendo que as operárias vivem de 2 meses a 1 ano, as rainhas podem viver de 2 a 20 anos conforme a espécie, e os machos morrem logo após a cópula.
Principais espécies e danos
As formigas domésticas causam bastante incômodo ao homem, por infectarem alimentos e, em caso de infestação em hospitais, infectar instrumentos médicos, UTI’s, centros cirúrgicos ou berçários, pois carregam bactérias junto ao corpo. Além disso, sua picada pode ser dolorida e provocar reações alérgicas.
As principais espécies urbanas são:

FORMIGA-FANTASMA Tapinoma melanocephalum

Formiga-Fantasma
As operárias têm o mesmo tamanho, muito pequenas. Apresentam cabeça e mesossoma escuros com cintura e gáster claros. Formam trilhas irregulares, andando rapidamente e em zigue-zague. Não apresentam vôo nupcial. Em residências, nidificam atrás de azulejos, batentes de portas e rodapés, os ninhos são pouco estruturados e mudam de lugar freqüentemente.

FORMIGA-LOUCA Paratrechina longicornis

Formiga-Louca
Apresenta coloração marrom escura a preta e antenas bastante longas. Seu nome deve-se ao hábito das operárias andarem irregularmente, quase em semicírculos. Geralmente, constroem seus ninhos fora das residências, dentro o fazem atrás de janelas e sobre forros de estuque. Seguindo as operárias pode-se encontrar o ninho ou pelo menos sua entrada.

FORMIGA-DO-FARAÓ Monomorium pharaonis

Formiga-do-Faraó
Apresentam coloração marrom-amarelada, com o gáster mais ou menos escurecido na parte posterior. Nidificam em diversos lugares e podem infestar aparelhos eletrônicos ou eletrodomésticos. Não apresentam vôo nupcial. As operárias, durante o forrageamento, andam em linha reta e não possuem movimentos rápidos.

FORMIGA-ARGENTINA Linepithema humile

Formiga-Argentina
Sua coloração varia entre marrom claro ou escuro. As operárias são do mesmo tamanho. Nidificam tanto dentro como fora de residências, e, dentro, pode ser em qualquer lugar. Pode-se encontrar a rainha na trilha de forrageamento. Não apresentam vôo nupcial.

FORMIGA-DE-FOGO Wasmannia auropunctata

Formiga-de-Fogo
Sua coloração é marrom clara e as operárias são todas do mesmo tamanho. Geralmente nidificam no exterior das residências, sob o solo ou nas árvores. Comumente encontradas em árvores frutíferas como cacau e cítricas. São atraídas por alimentos na cozinha.

FORMIGA-LAVA-PÉS Solenopsis spp.

Formiga-Lava-Pés
Sua coloração varia do marrom-avermelhado ao preto. Apresentam tamanhos variados. Nidificam geralmente fora das residências e seus ninhos são facilmente identificados, pois apresentam um murundu de terra solta que, se mexido, saem grande número de operárias que ferroam dolorosamente. Essas picadas causam bastante ardor, formando bolha no local atingido. Podem infestar aparelhos elétricos e cabines de eletricidade, no interior das residências, procuram por migalhas de alimentos e são atraídas por substâncias oleosas.

FORMIGA-CARPINTEIRA Camponotus spp.

Formiga-Carpinteira
Sua coloração pode variar do amarelo ao preto e apresentam tamanhos variados. Nidificam em cavidades no solo ou em árvores e, dentro de residências, atrás de batentes de janelas e portas, rodapés, assoalhos, fendas em paredes, dentro de gavetas e forros de madeira. Podem infestar aparelhos elétricos. Algumas espécies têm hábitos noturnos. Preferem substâncias adocicadas, mas podem se alimentar de carne. Produzem grandes revoadas no final da primavera.

FORMIGA-CABEÇUDA Pheidole megacephala.

Formiga-Cabeçuda
As operárias apresentam 2 tamanhos, as maiores são os soldados, encarregados da proteção da colônia. Sua coloração varia entre vermelho-amarelado e marrom-avermelhado. Nidificam geralmente fora das residências e, são as primeiras a aparecerem em casas recém-construídas. Quando nidificando dentro de residências, preferem os rodapés. Os ninhos podem ser localizados facilmente seguindo as trilhas das operárias.

FORMIGA-ACROBÁTICA Crematogaster spp.

Formiga-Acrobática
O nome refere-se ao fato de que ameaçadas, levantam seu gáster acima do mesossoma, quase em ângulo reto. Sua característica mais marcante é o gáster em formato de coração. As operárias são de um só tamanho e de coloração entre o marrom e o preto, apresentam movimentos lentos. Nidificam em ocos de árvores, montes de madeira, folhas de árvores no chão e no solo e, no interior de residências, em estruturas de madeira e cavidades em paredes de alvenaria.

FORMIGAS-CORTADEIRAS

Formigas-Cortadeiras
Essas formigas para se alimentar cortam as folhas das plantas, que também servirão de substrato para o cultivo de fungos, sua fonte de alimento. Existem dois gêneros de formiga-cortadeira: Atta e Acromyrmex.

FORMIGA SAÚVA Atta spp.

Formiga-Saúva
As saúvas apresentam 3 pares de espinhos no mesossoma. As operárias apresentam vários tamanhos, sendo divididas em: jardineiras (menores e com função de triturar os pedaços de vegetais, colocando-os à disposição dos fungos); as cortadeiras (com tamanho médio e função de cortar e carregar os fungos para o formigueiro) e soldados (são os maiores e sua cabeça é bastante grande, têm como principal função a de proteger a colônia). No formigueiro há apenas uma rainha, chamada de içá ou tanajura, que é bem maior que o restante do formigueiro e, quando essa morre, o restante do formigueiro também morre em poucos meses. Seus ninhos geralmente são facilmente visualizados, formados por montes de terra solta, nos quais podem ser observados vários orifícios (olheiros), que dão acesso ao interior do ninho.

FORMIGA QUENQUÉM Acromyrmex spp.

Formiga-Quenquém
As quenquéns diferenciam-se das saúvas por possuírem 4 pares de espinhos no mesossoma. As operárias, também apresentam tamanhos e cores variados. Os ninhos não são visualizados com facilidade, cobertos por palha, terra e fragmentos de vegetais, ou até ter montes de terra solta, porém são bem menores que os das saúvas.

FORMIGAS


Formigas
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hymenoptera
As formigas pertencem à ordem Hymenoptera, que ocupa o 3º lugar em número de espécies e são considerados os insetos mais evoluídos, ocupam destaque nessa ordem como pragas de grande importância. No Brasil existem cerca de 2000 espécies de formiga, sendo que 20 a 30 dessas espécies dão pragas, o fóssil mais antigo data de 80 milhões de anos.
Descrição e biologia
Apresentam cabeça bem desenvolvida e destacada do corpo, unida ao tórax por “pescoço” móvel e mais ou menos alongado. Os olhos são compostos e bem desenvolvidos, antenas bem desenvolvidas, com número variável de segmentos. O tórax é normal e o mesotórax mais desenvolvido. As asas, quando presentes, são geralmente transparentes ou coloridas, sendo as anteriores maiores que as posteriores. Apresentam, também, pedúnculo abdominal com nódulos ou espinhos e são providos de ferrão ligado à glândula de veneno. Esse ferrão é utilizado como meio de defesa ou ataque para paralisar a vítima.
As formigas ocorrem em praticamente todos os ambientes terrestres, com exceção dos pólos. São insetos eussociais (várias gerações convivendo no mesmo ninho), de cuidado cooperativo com a prole e a divisão do trabalho. São oníveras, alimentam-se do que encontram, seja doce, animal ou vegetal e algumas espécies, de fungos.
As colônias podem variar em tamanho e os ninhos podem ser construídos no chão (tanto superficial como subterrâneo), sobre plantas, cavidades em madeiras ou troncos, ou mesmo no interior de residências sob azulejos, batentes de portas, sob o piso, aparelhos domésticos e o mobiliário. Uma colônia é dividida em castas, cada uma com funções específicas:
Rainha: maiores indivíduos da colônia; possuem asas que caem após o vôo nupcial; responsáveis pela postura de ovos; numa colônia pode haver uma ou mais rainhas conforme a espécie;
Macho: alado e tem função unicamente reprodutiva;
Operárias: são fêmeas estéreis; não possuem asas; constituem a grande maioria dos indivíduos da colônia; desempenham as demais atividades da colônia.
Ciclo de vida
São holometabólicas. A fase de ovo corresponde ao desenvolvimento embrionário. No estágio larval ocorre o crescimento do indivíduo por meio de acúmulo de reservas, ao atingir o crescimento máximo, sofre metamorfose entrando no estágio pré-pupa, onde adquiri a forma de adulto. As larvas não se locomovem, sua movimentação e alimentação dependem das operárias, são esbranquiçadas e alongadas, com a cabeça distinta do resto. Quando pupas, não se alimentam e nem se movem, tornando-se mais semelhantes aos adultos. A duração do ciclo desde ovo até adulto varia de 35 a 45 dias. O tempo de vida também varia conforme a casta a que o inseto pertence e também à sua espécie, sendo que as operárias vivem de 2 meses a 1 ano, as rainhas podem viver de 2 a 20 anos conforme a espécie, e os machos morrem logo após a cópula.
Principais espécies e danos
As formigas domésticas causam bastante incômodo ao homem, por infectarem alimentos e, em caso de infestação em hospitais, infectar instrumentos médicos, UTI’s, centros cirúrgicos ou berçários, pois carregam bactérias junto ao corpo. Além disso, sua picada pode ser dolorida e provocar reações alérgicas.
As principais espécies urbanas são:

FORMIGA-FANTASMA Tapinoma melanocephalum

Formiga-Fantasma
As operárias têm o mesmo tamanho, muito pequenas. Apresentam cabeça e mesossoma escuros com cintura e gáster claros. Formam trilhas irregulares, andando rapidamente e em zigue-zague. Não apresentam vôo nupcial. Em residências, nidificam atrás de azulejos, batentes de portas e rodapés, os ninhos são pouco estruturados e mudam de lugar freqüentemente.

FORMIGA-LOUCA Paratrechina longicornis

Formiga-Louca
Apresenta coloração marrom escura a preta e antenas bastante longas. Seu nome deve-se ao hábito das operárias andarem irregularmente, quase em semicírculos. Geralmente, constroem seus ninhos fora das residências, dentro o fazem atrás de janelas e sobre forros de estuque. Seguindo as operárias pode-se encontrar o ninho ou pelo menos sua entrada.

FORMIGA-DO-FARAÓ Monomorium pharaonis

Formiga-do-Faraó
Apresentam coloração marrom-amarelada, com o gáster mais ou menos escurecido na parte posterior. Nidificam em diversos lugares e podem infestar aparelhos eletrônicos ou eletrodomésticos. Não apresentam vôo nupcial. As operárias, durante o forrageamento, andam em linha reta e não possuem movimentos rápidos.

FORMIGA-ARGENTINA Linepithema humile

Formiga-Argentina
Sua coloração varia entre marrom claro ou escuro. As operárias são do mesmo tamanho. Nidificam tanto dentro como fora de residências, e, dentro, pode ser em qualquer lugar. Pode-se encontrar a rainha na trilha de forrageamento. Não apresentam vôo nupcial.

FORMIGA-DE-FOGO Wasmannia auropunctata

Formiga-de-Fogo
Sua coloração é marrom clara e as operárias são todas do mesmo tamanho. Geralmente nidificam no exterior das residências, sob o solo ou nas árvores. Comumente encontradas em árvores frutíferas como cacau e cítricas. São atraídas por alimentos na cozinha.

FORMIGA-LAVA-PÉS Solenopsis spp.

Formiga-Lava-Pés
Sua coloração varia do marrom-avermelhado ao preto. Apresentam tamanhos variados. Nidificam geralmente fora das residências e seus ninhos são facilmente identificados, pois apresentam um murundu de terra solta que, se mexido, saem grande número de operárias que ferroam dolorosamente. Essas picadas causam bastante ardor, formando bolha no local atingido. Podem infestar aparelhos elétricos e cabines de eletricidade, no interior das residências, procuram por migalhas de alimentos e são atraídas por substâncias oleosas.

FORMIGA-CARPINTEIRA Camponotus spp.

Formiga-Carpinteira
Sua coloração pode variar do amarelo ao preto e apresentam tamanhos variados. Nidificam em cavidades no solo ou em árvores e, dentro de residências, atrás de batentes de janelas e portas, rodapés, assoalhos, fendas em paredes, dentro de gavetas e forros de madeira. Podem infestar aparelhos elétricos. Algumas espécies têm hábitos noturnos. Preferem substâncias adocicadas, mas podem se alimentar de carne. Produzem grandes revoadas no final da primavera.

FORMIGA-CABEÇUDA Pheidole megacephala.

Formiga-Cabeçuda
As operárias apresentam 2 tamanhos, as maiores são os soldados, encarregados da proteção da colônia. Sua coloração varia entre vermelho-amarelado e marrom-avermelhado. Nidificam geralmente fora das residências e, são as primeiras a aparecerem em casas recém-construídas. Quando nidificando dentro de residências, preferem os rodapés. Os ninhos podem ser localizados facilmente seguindo as trilhas das operárias.

FORMIGA-ACROBÁTICA Crematogaster spp.

Formiga-Acrobática
O nome refere-se ao fato de que ameaçadas, levantam seu gáster acima do mesossoma, quase em ângulo reto. Sua característica mais marcante é o gáster em formato de coração. As operárias são de um só tamanho e de coloração entre o marrom e o preto, apresentam movimentos lentos. Nidificam em ocos de árvores, montes de madeira, folhas de árvores no chão e no solo e, no interior de residências, em estruturas de madeira e cavidades em paredes de alvenaria.

FORMIGAS-CORTADEIRAS

Formigas-Cortadeiras
Essas formigas para se alimentar cortam as folhas das plantas, que também servirão de substrato para o cultivo de fungos, sua fonte de alimento. Existem dois gêneros de formiga-cortadeira: Atta e Acromyrmex.

FORMIGA SAÚVA Atta spp.

Formiga-Saúva
As saúvas apresentam 3 pares de espinhos no mesossoma. As operárias apresentam vários tamanhos, sendo divididas em: jardineiras (menores e com função de triturar os pedaços de vegetais, colocando-os à disposição dos fungos); as cortadeiras (com tamanho médio e função de cortar e carregar os fungos para o formigueiro) e soldados (são os maiores e sua cabeça é bastante grande, têm como principal função a de proteger a colônia). No formigueiro há apenas uma rainha, chamada de içá ou tanajura, que é bem maior que o restante do formigueiro e, quando essa morre, o restante do formigueiro também morre em poucos meses. Seus ninhos geralmente são facilmente visualizados, formados por montes de terra solta, nos quais podem ser observados vários orifícios (olheiros), que dão acesso ao interior do ninho.

FORMIGA QUENQUÉM Acromyrmex spp.

Formiga-Quenquém
As quenquéns diferenciam-se das saúvas por possuírem 4 pares de espinhos no mesossoma. As operárias, também apresentam tamanhos e cores variados. Os ninhos não são visualizados com facilidade, cobertos por palha, terra e fragmentos de vegetais, ou até ter montes de terra solta, porém são bem menores que os das saúvas.